quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Início de Tudo

Existem algumas pessoas (GRANDE PARTE) que pessam que a homossexualidade é uma coisa que surge no seu desenvolvimento, ou que pode ter sido influenciado por alguém ou por algum fato que ocorreu na sua vida. Não vou discordar, acredito que há casos em que realmente isso ocorre. Mas... Existem aquelas pessoas que desde a sua infância já demonstraram atitudes que muitos dos preconceituosos chamariam de atitude de “bichinha”, de “gayzinho”. Prestem atenção, sempre há aquela pessoa com essas atitudes, pessoas que já demonstram, querem brincar só com meninas, não se sentem à vontade brincando com o menininhos da mesma faixa etária.

Vou falar um pouco da minha infância e vocês cheguem às suas próprias conclusões.

Quando nasci logo meus pais se separam, pra minha infelicidade, além disso, meu pai mudou-se pro outro lado do mundo.
Apesar da ausência paterna, sempre fui um garoto normal, conversador, inquieto, traquina e experto. Alguns anos se passaram e minha mãe me matriculou numa espécie de creche evangélica, lá garotinhos ficavam de um lado e garotinhas ficavam do outro lado. Mas até ai tudo bem, nada de mais. Depois da escolinha evangélica, fui matriculado no meu primeiro colégio, estava iniciando o maternal, Jardim I. Fui aos prantos pra escola, lá me senti sozinho, até que um amiguinho veio me consolar. Graças a Deus, ganhei meu primeiro amiguinho no Jardim I. Jardim I, Jardim II, Jardim III e 1ª Série. Foram anos normais pra mim, não tive nenhum trauma. 
Na segunda série as coisas mudariam por completo. Lembro que na minha segunda série minha mãe resolveu me matricular no turno da manhã. Não conhecia ninguém, no meu primeiro dia de aula me senti um peixe fora d’água. Eram pessoas estranhas, chatas, mal educadas. Tudo ia normal até a hora do intervalo, lá fui tentar me entrosar com os novos amiguinhos. Pra minha surpresa, fui recebido com rejeição acompanhado de uma ofensa terrível pra mim na época, fui chamado de gayzinho. Tentei falar pra professora, mas ela não me deu importância. Acredito que isso foi o início pra que me tornasse um garotinho anti-social. Daí pra frente segui solitário, na hora do recreio eu me isolava, comia meu lanchinho, esperava o sinal tocar e voltava pra sala de aula. Lembro que a psicóloga do colégio vivia me chamando pra conversar, ela me fazia perguntas e enquanto eu respondia ia montando uns joguinhos que ela costumava me entregar. As perguntas eram sempre as mesmas, “Porque você se isola das outras pessoas? Porque você não brinca com seus amiguinhos da sala?”.
Passei da 2ª Série até a 7ª Série dessa forma. Algumas pessoas me chamavam de CDF, outras me ignoravam, já que eu era tão fechado.

Meu primeiro Amigo

Na minha 8ª Série conheci um garoto. Ele sim, foi meu primeiro e melhor amigo. Ele era parecido comigo, muito caladão, não tinha amigos. Acredito que ele era assim porque era muito estranho, ele usava óculos com lentes coloridas por causa de um problema na visão. Era muito engraçado, as pessoas zuavam demais dele por conta disso. Finalmente meu amigo e Eu concluímos nosso ensino fundamental juntos. Estávamos muitos ansioso, pois iríamos pro 1º Ano do Ensino Médio, mas... Pra minha surpresa, no meu primeiro dia de aula não encontrei meu amigo na lista de chamava. Ao chegar em casa telefonei, pro meu azar fiquei sabendo que sua família não teria mais condições de pagar a Escola pra ele. Um acidente de carro gerou muitas dívidas pra família e conseqüentemente a escola foi a primeira a ser cortada dos gastos. Passei a ter contato com meu amigo somente por e-mail. Hoje sei que ele existe, mas perdemos contato quase que por completo.

Ensino Médio

No 1ª ano de meu ensino médio, já sem amigo novamente, conheci uma menina que estava na mesma situação que eu. Suas amigas foram pra outra escola. Pra minha felicidade nos tornamos ótimos amigos. Seu nome é Luciana, com ela aprendi muitas coisas legais, aprendi a fazer amigos, aprendi a fazer piadas na sala de aula, aprendi a não dar bola para o que o professor falava. Rsrsrsrs
Foi divertido, terminei meu ensino médio com a Luciana, depois combinamos de estudar na mesma Faculdade. Era bom demais. Quase sempre na saída da faculdade íamos pra algum lugar, já nas sextas feiras era sagrado, toda sexta feira saiamos pra alguma Boate, íamos muito numa boate que fica no Setor de Clubes Sul – Brasília. Chama-se Caribeño, nossa... Eu dançava demais, muita salsa, zouk, reggaeton. Ahhh. Que saudades.
O fato é que Luciana foi a mulher quem me ajudou a ser mais sociável, com ela aprendi a curtir a vida, aprendi a ser menos rotineiro. Ela até arrumava umas meninas pra eu ficar. Foi legal demais. Mas... Pra meu azar, Luciana, conheceu um cara, apaixonou-se, casou-se e nunca mais ligou pra mim. Rsrsrsrsrssrs. Aff, por causa disso minha vida voltou a ser rotineira.

Esse é um pedacinho da minha vida. Depois conto o resto e quem sabe assim chegarei à conclusão se sou o que sou por conta do meu cotidiano, das minhas amizades, ou de fatos do destino.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ser ou Não Ser?

Olá Pessoal, segue minha primeira postagem no blog Ser ou Não ser.

Antes de tudo, quero deixar bem claro que não tenho muita afinidade com a língua portuguesa, não me considero ignorante é claro, mas... Vocês perceberão que meus textos poderão apresentar erros gramaticais.

Isso é o de menos pra mim.

Gostaria de explicar o que me levou a criar um blog com esse tema.

Tenho 22 anos de idade, e estou enfrentando um dilema. A sexualidade.
Antigamente isso poderia ser um tabu, mas hoje as pessoas já tocam no assunto com mais naturalidade, Porém, pra minha família ainda é um tabu.

Até os meus 21 anos de idade tinha plena convicção de que eu estava passando por uma espécie de conflito comigo mesmo, onde não sabia o que eu realmente era. Sempre perguntando pro além, por que isso foi acontecer justamente comigo? Por quê? Por que tenho esse conflito? Será se sou assim porque Deus quis? Será que sou pecador? Aberração? 

O fato é que sou Homossexual. Não vou dizer que me orgulho der ser, mas uma coisa é fato, sou muito feliz. Descobri a felicidade e agora vou tocar minha vida e tentar ir vencendo as barreiras que virão pela frente, os preconceitos, as piadinhas cretinas. Não vou ficar tentando me esconder até o fim da minha vida, não vou me camuflar ou tentar ser algo que não sou.

Gostaria de compartilhar meus pensamentos com todos que estiverem passando pela mesma situação. Para quem estiver com disposição para ler meus pensamentos, Sejam Bem Vindos. 
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